Hoje, 28 de novembro, estão se completando oito anos da tragédia que abalou o futebol brasileiro e o mundo, o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, incluindo jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas da Chapecoense. O voo LMI2933, que partiu da Bolívia com destino a Medellín, na Colômbia, onde a equipe disputaria a final da Copa Sul-Americana, sofreu uma falha técnica e caiu a poucos quilômetros do destino. Apenas seis pessoas sobreviveram, entre elas três jogadores: Alan Ruschel, Neto e Follmann, que enfrentaram longas jornadas de recuperação física e emocional.
A tragédia gerou uma onda de solidariedade sem precedentes, com clubes de futebol, jogadores e torcedores do mundo inteiro enviando mensagens de apoio à Chapecoense. A CONMEBOL decidiu, de maneira simbólica, declarar a equipe campeã da Copa Sul-Americana de 2016, como uma homenagem aos que perderam a vida no acidente. A dor da perda foi imensa, mas a força da comunidade e a união de torcedores e atletas ajudaram a dar início ao processo de reconstrução do clube e da cidade de Chapecó.
Nos anos seguintes, a Chapecoense enfrentou enormes desafios para se reerguer. O clube, que até então vivia um sonho de ascensão no futebol brasileiro, teve que se reinventar com um elenco novo, e com o espírito de superar a dor coletiva. No entanto, a tarefa de reconstruir uma equipe campeã após a perda de tantos ícones nunca foi fácil, e o clube, apesar dos esforços, ainda não conseguiu retomar o sucesso da era pré-acidente. Contudo, a resiliência da Chapecoense continua a inspirar, mantendo viva a memória de seus heróis e suas conquistas.
Os sobreviventes da tragédia, como Alan Ruschel e Neto, também se tornaram símbolos de superação. Ruschel, por exemplo, voltou a jogar futebol após várias cirurgias e uma recuperação difícil, enquanto Follmann, que teve a perna amputada, passou a se dedicar a outras atividades. O jornalista Rafael Henzel, que também sobreviveu, faleceu tragicamente em 2019, vítima de um infarto, deixando o país ainda mais tocado pela dor e pela lembrança daqueles que partiram.
Oito anos após o acidente, a Chapecoense permanece como um símbolo de luta e memória. A cidade de Chapecó, o clube e seus torcedores continuam a honrar as vítimas, mantendo acesa a chama da solidariedade e do espírito esportivo. O acidente jamais foi e nem será esquecido e o canto de “Vamos, Vamos, Chape” sempre estará na memória de todos os amantes do esporte mais famoso do mundo e de todos os moradores da pequena cidade catarinense
Fonte Varela Net