Quatro irmãos com idade entre 7 e 17 anos, que estavam no Sistema Nacional de Adoção (SNA) e foram inseridos na campanha “Filhos são eternos bebês” do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foram adotados por um casal pernambucano. A ação da Corte incentiva a adoção tardia.
Anderson Santos e sua esposa, Thaísa Moreira, se tornaram oficialmente pais de Analice, de 17 anos; Emily, 16 anos; Reynan, 11 anos, e Maraísa, 7 anos.
A adoção tardia envolvia crianças e adolescentes com idade superior a 6 anos, grupos de irmãos e/ou com necessidades específicas de saúde, ou deficiência. Segundo o TJ, das 82 crianças adotadas na Bahia em 2022, 50 tinham até 6 anos e somente 32 possuíam idade superior.
Para o casal Anderson e Thaísa, a adoção tardia era mais do que uma opção, era um desejo. “A gente pedia isso a Deus, filhos que quisessem ser adotados”, explicou a futura mamãe, realçando que, quando se trata de bebê, a criança é escolhida unilateralmente.
Com a vontade já consolidada, o casal fez o cadastro no SNA, identificou o perfil desejado e iniciou o procedimento de habilitação junto à Vara da Infância. Após 29 dias de habilitados, eles encontraram, na busca ativa do sistema, o grupo de quatro irmãos de Entre Rios com idades de 7 a 17 anos e manifestou o interesse.
As etapas seguintes envolveram as autorizações para o estágio de aproximação e o de convivência. “Enfim, recebemos a autorização do juiz para trazê-los para casa”, disse Thaísa vibrando por mais uma conquista.
“Esse fato é a prova maior da necessidade de atualização do SNA e vem a demonstrar o êxito da campanha Filhos são eternos bebês”, ressalta o desembargador Salomão Resedá, à frente da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Judiciário baiano.
BUSCA ATIVA
Instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o SNA unifica informações fornecidas pelos Tribunais de Justiça brasileiros registrando e monitorando crianças e adolescentes que ingressam ou deixam os serviços de acolhimento.
O sistema, também, oferece a busca ativa, ou seja, um recurso que permite ao pretendente visualizar o perfil das crianças e dos adolescentes aptos à adoção e manifestar o interesse em conhecê-lo. Isso gera um alerta, no sistema, para a Vara na qual a criança ou o adolescente está cadastrado.
Segundo a Psicóloga da CIJ do TJ-BA, Alessandra Meira, a Bahia, em 2023, teve 15 adoções por busca ativa concluídas. Neste ano, 12 adoções foram concretizadas até o momento.
Fonte Bahia Noticias