O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu nesta sexta-feira,22, a segunda mulher negra para ser ministra no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A advogada Vera Lúcia Santana Araújo, de 63 anos, foi escolhida a partir de uma lista tríplice enviada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao chefe do Executivo. A primeira é a advogada Edilene Lôbo, escolhida também pelo petista, em junho deste ano.
A nova ministra chega ao tribunal para ocupar a vaga deixada por Maria Claudia Bucchianeri, que deixou a corte em agosto. Araújo, que assume como substituta, trabalhará com os titulares do TSE, que são Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia, Raul Araújo, Isabel Gallotti, André Ramos Tavares e Floriano Azevedo.
Vera Lúcia Santana Araújo, natural de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia, tem 40 anos de advocacia e era um dos nomes indicados pela Coalizão Negra por Direitos para ocupar a vaga de ministra do STF. No final, Lula optou pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Araújo tem experiência com movimentos populares, trabalhou nas esferas privada e pública do direito, ocupando, inclusive cargos jurídicos no âmbito da administração pública federal e do Distrito Federal.
Também atuou como conselheira da Comissão de Anistia Política do Ministério da Justiça, conselheira do Conselho Penitenciário do Distrito Federal, integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e, neste momento, compõe o Conselho Econômico e Social da Presidência da República.
A advogada também exerceu funções de gestão pública como diretora da Fundação Cultural Palmares, presidenta da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal e secretária-adjunta de Políticas para a Igualdade Racial do Distrito Federal.
Como ativista comprometida com o movimento negro, desempenhou um papel significativo no Movimento Negro Unificado (MNU). Atualmente, é membra da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal, da qual também foi uma das fundadoras.
Fonte Atarde