Até o último dia 4 de novembro, a Bahia contabilizou 46.234 casos prováveis de dengue, marcando um aumento de 35,7% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 34.063 casos, conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Diante desse cenário e em observância ao Dia Nacional de Combate ao mosquito Aedes aegypti, celebrado neste domingo, 19, o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, destaca a importância de adotar medidas cruciais, como a vacinação. Esta, segundo ele, contribui para prevenir o agravamento nos casos da doença, que já resultou na morte de 17 pessoas este ano na Bahia.
Disponível no Brasil desde junho deste ano, a vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda, foi a primeira autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação tanto em pessoas que nunca tiveram dengue como naquelas que já contraíram a doença.
O imunizante encontra-se disponível na rede privada. “A vacina é altamente eficaz e segura, ajudando a prevenir mais de 80% dos casos gerais de dengue e reduzindo em 90% as hospitalizações”, destaca Bastos, acrescentando que a Qdenda oferece proteção contra os quatro tipos do vírus (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4), sendo os tipos 1, 2 e 4 os mais comuns no Brasil.
O infectologista também alerta para práticas cotidianas que a população pode adotar para combater o Aedes aegypti, responsável por transmitir outros dois arbovírus: zika e chikungunya.
“Com as chuvas e estações mais quentes, como a primavera e verão, aumentam os riscos de proliferação do mosquito devido à água parada, o ambiente ideal para a reprodução desse inseto. Portanto, é fundamental eliminar objetos que acumulem água parada, como latas, potes e pneus. Além disso, é recomendável armazenar garrafas com a boca para baixo e evitar a obstrução de calhas, mantendo-as livres de folhas e galhos, assim como manter as caixas-d’água devidamente cobertas”, orienta.
Fonte Varela Net