Um novo golpe tem feito várias vítimas em Salvador e já é alvo de investigação da polícia baiana. Nesta quarta-feira, 8, pelo menos três homens procuraram a Central de Flagrantes, em Salvador, para denunciar ameaças feitas por supostos traficantes que utilizam o mesmo modus operandi.
O grupo utiliza as redes sociais com um perfil feminino e começa a enviar mensagens para pessoas aleatórias do sexo masculino. Quando acontece a resposta, uma conversa é iniciada. A suposta mulher demonstra interesse na vítima e pede um telefone para contato. Com o telefone em mãos, os criminosos fazem print do diálogo na rede social e começa o terrorismo:
“- Boa tarde. Preciso falar com você urgente. Que problema é esse que você está trazendo para a nossa facção se envolvendo com mulher casada?
– O marido dela pegou tudo e deu 4 facadas nela. Ela está entre a vida e a morte no hospital.
– Suas fotos chegaram em 20 grupos de facção como “talarico” e o decreto de morte.
– Vim aqui tentar evitar um derramamento de sangue na sua vida e da sua família.
– Se tem amor a vida da sua família, ligue urgente. Você tá querendo bater de frente com o bonde? É isso mesmo?”
Além das mensagens, os criminosos têm acesso a informações pessoais das vítimas como nome completo, CPF, RG, escolaridade e endereço. Eles enviam os dados sigilosos nas mensagens seguidas de mais ameaças.
“- Negão, você vai me ligar?
– Eu posso mandar o bonde ir na sua residência. Certo!
– Então, quer bater de frente com a facção. É isso mesmo?
– Desculpa não vai adiantar nada não.
– Ou ele resolve esse problema que ele causou na casa de Dona Ana, ou vou autorizar os irmãos executar ele e você.”
Nas ligações, os criminosos pedem valores para garantir a segurança das vítimas. Os homens que procuraram a Polícia Civil não fizeram as transferências exigidas pela quadrilha. O que reforça o golpe é o fato dos números que mantiveram contato não ter o DDD 71, de Salvador. São telefones registrados no Mato Grosso, São Paulo e Paraná.
Mesmo com o caso sendo investigado, as vítimas temem as ameaças. A polícia reforça a importância de não responder mensagens de perfis que não são conhecidos, além de denunciar os crimes de ameaça e extorsão.
Fonte Atarde