O governo Lula cancelou o cadastro de cerca de 2,9 milhões de pessoas do Bolsa Família, entre janeiro e setembro deste ano. Segundo documento do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), 2.870.743 famílias foram canceladas.
Os dados foram obtidos pela coluna de Paulo Cappelli, do Metropoles. De acordo com o MDS, os cortes fazem parte de um pente-fino para adequar o pagamento do benefício àqueles que realmente se enquadram nos critérios predeterminados.
A limpa no programa começou em março deste ano, quando o governo informou ter identificado 1,2 milhão de perfis com renda mensal mais alta do que a estipulada para inscrição no Bolsa Família.
Em dezembro de 2022, 21,601 milhões de famílias receberam o benefício, ao custo de R$ 13,017 bilhões. Em setembro deste ano, foram contempladas 21,478 milhões de famílias, ao custo de R$ 14,583 bilhões.
O que indica que, apesar dos cancelamentos e da redução de beneficiários, novos usuários também foram inseridos no Bolsa Família.
Em junho, Lula assinou o decreto que regulamenta o Novo Bolsa Família. O texto estabeleceu complementação de R$ 50 adicionais, pelo Benefício Variável Familiar, a dependentes de 7 a 18 anos na composição familiar e a gestantes e lactantes.
O programa havia sido rebatizado como “Auxílio Brasil” no governo Bolsonaro e retornou ao nome original neste 3º mandado de Lula. O Bolsa Família foi criado no primeiro mandato de Lula por meio de medida provisória, em outubro de 2003, e convertido em lei em janeiro de 2004.
Fonte Atarde