Nesta sexta-feira (30), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a adoção da bandeira tarifária vermelha para setembro, o que implicará em custos adicionais na conta de luz para residências e empresas. O novo ajuste elevará o preço em R$ 7,88 a cada 100 kWh consumidos, afetando diretamente o orçamento das famílias e negócios.
O órgão anunciou que o aumento tarifário é necessário devido ao acionamento de usinas termelétricas, mais caras, devido à seca prolongada na região Norte, que reduziu a capacidade de geração das usinas hidrelétricas. As termelétricas, acionadas especialmente nos horários de pico, aumentam significativamente os custos de produção de energia.
O cenário de seca, considerado o mais severo em 44 anos em boa parte do país, segundo o
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), levou à necessidade de ativar as bandeiras tarifárias mais caras. A última vez que a bandeira vermelha foi acionada foi em agosto de 2021, durante a crise hídrica. Em setembro do mesmo ano, foi criada a bandeira “escassez hídrica”, a mais onerosa, que vigorou até abril de 2022, quando o sistema elétrico nacional passou para a bandeira verde, sem cobrança adicional.
Redução nas taxas
Em março deste ano, a Aneel aprovou uma redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Com o ajuste, as tarifas passaram a ser:
? Bandeira verde: sem custo extra, em condições favoráveis de geração de energia.
? Bandeira amarela: R$ 18,85 por MWh utilizado, ou R$ 1,88 a cada 100 kWh, uma redução de 37%.
? Bandeira vermelha patamar 1: R$ 44,63 por MWh, ou R$ 4,46 a cada 100 kWh, uma redução de 31%.
? Bandeira vermelha patamar 2: R$ 78,77 por MWh, ou R$ 7,87 a cada 100 kWh, uma redução de 20%.
A Aneel justificou que as condições favoráveis dos reservatórios na época permitiram essa adequação. No entanto, o agravamento da estiagem forçou o retorno à bandeira vermelha, refletindo o aumento no custo da energia para os consumidores.
Fonte Varela Net