O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve protelar indefinidamente a escolha do novo procurador-geral da República. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o petista não estaria empolgado com as opções colocadas à mesa para ocupar o posto.
A consequência imediata da indecisão de Lula é a manutenção da subprocuradora Elizeta Ramos, de forma interina, no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), enquanto a escolha definitiva não acontece.
Os ministros do núcleo central do governo Lula avaliam que, com esse posicionamento do presidente, Elizeta, considerada de perfil conservador, deve manter uma atuação moderada, na expectativa de ser efetivada na PGR.
Outra avaliação do governo federal é que a escolha do novo procurador-geral da República é ainda mais importante do que a indicação para o próximo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), simplesmente porque é a PGR quem tem a competência para oferecer denúncias criminais contra o presidente do país.
Os nomes mais citados para assumir a PGR são os dos subprocuradores Paulo Gonet, Antônio Carlos Bigonha, Aurélio Virgílio Veiga Rios, Carlos Frederico Santos e Luiz Augusto Lima. Nenhum deles, porém, teria conquistado a confiança de Lula.
Fonte Atarde